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Como prevenir o câncer de ovário?

Um útero com ovários marcados com um X
12 jan, 2021

O acompanhamento médico é a melhor forma de prevenir o câncer de ovário, em especial, às mulheres com diagnóstico da doença na família

Apesar de não ser um dos tipos de cânceres de maior incidência na população feminina brasileira, o câncer de ovário (carcinoma ovariano) representa 3% dos tumores que acometem as mulheres, porém, normalmente, por falta de sintomas iniciais, são diagnosticados em fases avançadas ou com metástase (quando a doença atinge outros órgãos), reduzindo a probabilidade de sucesso do tratamento.

Dentre as especialidades médicas, a Oncogenética consegue contribuir para a prevenir câncer de ovário, por ser capaz de propor medidas redutoras de risco como, por exemplo, a cirurgia profilática, quando existe indicação.

Fatores de riscos

Diversos estudos mostram que a mutação em BRCA 1 e BRCA2 aumenta o risco de aparecimento de câncer de ovário, uma vez que esses genes são responsáveis por recompor o DNA danificado, de modo a manter a estabilidade do material genético na célula, além de produzir proteínas supressoras do tumor.

Quando ocorre a transmissão hereditária de genes alterados, aumenta-se as chances de aparecimento de câncer no herdeiro, estimando-se que em torno de 15% dos tumores malignos do ovário são de origem genética.

O câncer de ovário representa a segunda neoplasia ginecológica mais comum, sendo que 95% das neoplasias ovarianas derivam de células epiteliais — que revestem o ovário sendo que o restante advém de células germinativas que formam os óvulos — e células estromais (que produzem a maior parte dos hormônios femininos).

Uma parte da frequência da doença é justificada por fatores comuns, que apenas aumentam ligeiramente os riscos dela, enquanto os fatores de riscos colaboram mais para o aparecimento do carcinoma epitelial de ovário.

Dentre as formas de prevenir o câncer de ovário, pouco se sabe como diminuir a chance do carcinoma de células germinativas e tumores estromais do ovário. De acordo com cada caso, o especialista em oncogenética determinará as medidas ou cirurgia para reestabelecimento da saúde da paciente.

Embora fatores como o envelhecimento ou ter histórico familiar da doença não sejam possíveis de serem modificados, as mulheres podem diminuir as chances do surgimento da doença ao manter um peso saudável, evitar tabaco e não fazer reposição hormonal após a menopausa. O acompanhamento regular junto a um ginecologista e estar em dia com os exames ginecológicos também colabora para prevenir o câncer de ovário.

Sintomas da doença

Os sinais do câncer de ovário costumam ser discretos em sua fase inicial, os seguintes sinais servem como um alerta para buscar por um especialista e fazer uma averiguação mais minuciosa:

  • Mudanças do hábito intestinal e urinário;
  • Inchaço e dor abdominal;
  • Indigestão;
  • Cansaço intenso sem motivo aparente;
  • Perda de peso repentina;
  • Sangramentos vaginais anormais.

Normalmente, esses sintomas não são específicos do câncer de ovário, porém é importante que sejam investigados pelo médico.

O médico iniciará uma investigação com exames clínicos laboratoriais e radiológicos em pessoas com sinais sugestivos da doença (diagnóstico precoce) ou em exames periódicos em pessoas sem sinais e sintomas (rastreamento), mas pertencentes ao grupo com maior chance de desenvolver a enfermidade.

Prevenção de câncer de ovário

Como medida para prevenir câncer de ovário, a Oncogenética tem papel fundamental na identificação de pacientes que tenham risco aumentado de desenvolver câncer por serem portadores de mutações genéticas.

Por meio da realização de testes genéticos nos integrantes da família, esse ramo da medicina investiga a existência de alterações genéticas para a adoção de um protocolo que minimize o desenvolvimento da doença e aumentem as chances de sucesso do tratamento.

Todas as pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma de ovário devem passar por avaliação oncogenética para conhecer a sua genética e a do câncer e para que o tratamento seja feito com drogas específicas que são mais eficazes.

A doença pode ser tratada com cirurgia, quimioterapia ou terapias alvo. A escolha da terapia será feita com base no tipo histológico do tumor, do estadiamento (extensão da doença), se o tumor é inicial ou recorrente, da idade e das condições clínicas da paciente.

Toda mulher deve fazer os exames ginecológicos periodicamente e recorrer a um especialista em oncogenética prevenir câncer de ovário se observar diversos casos na família da doença.

Fonte:

INCA  – Instituto Nacional de Câncer;

Instituto Oncoguia;

FEBRASGO – Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia;

A. C. Camargo Cancer Center.