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Câncer de mama

O câncer de mama é um tumor formado a partir da multiplicação desordenada de células dos ductos ou dos lóbulos da mama, o que pode gerar a formação de um ou mais nódulos. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, este é o tipo de neoplasia maligna que mais causa morte de mulheres brasileiras, destacando-se também como a segunda mais comum entre o público feminino — ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

Mulher segura laço rosa com a mão direita
Imagem: Shutterstock

Existem diferentes subtipos de câncer de mama e, por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas: alguns subtipos apresentam rápido desenvolvimento, enquanto outros crescem mais lentamente. Este é um tipo de tumor que também pode acometer homens, porém o câncer de mama é bastante raro entre estes pacientes. Os pacientes do sexo masculino com esta condição representam apenas 1% do total de casos da doença.

Principais sintomas da doença

Os principais sinais de alerta para o câncer de mama são o aparecimento de um caroço (ou nódulo) palpável na mama, além de vermelhidão ou descamação da pele do mamilo. O autoexame em casa é fundamental para identificar esses sinais precocemente. A presença de microcalcificações na mamografia de rotina, secreção ou dor no mamilo também demandam atenção especial.

Caso alguma dessas alterações seja percebida pela mulher, é recomendado procurar um médico o mais rápido possível para a realização de uma investigação aprofundada. A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas é essencial para a detecção precoce de tumores mamários, o que aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento podendo poupá-la inclusive da administração da quimioterapia.

O ideal é que todas as mulheres, independentemente da idade, conheçam seu corpo para saber o que é normal em suas mamas e identificar as alterações que surgirem. Recomenda-se que a mulher realize a mamografia de rastreamento anualmente a partir dos 50 anos de idade, o que aumenta as chances de o tumor ser diagnosticado em uma fase precoce quando ainda não há sinais ou sintomas suspeitos para a doença.

Este exame é feito por um equipamento chamado mamógrafo, que é capaz de identificar alterações que podem indicar a presença de um câncer de mama mesmo antes do surgimento dos sintomas. Apesar da recomendação geral ser a partir dos 50 anos, mulheres com risco elevado para a doença devem conversar com um especialista para avaliação dos riscos e definição da melhor idade para iniciar o rastreamento.

Principais fatores de risco

O câncer de mama não pode ser associado a uma única causa, sendo esta uma doença multifatorial. Existem, porém, alguns fatores capazes de aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a doença, entre os quais podemos destacar principalmente a idade e o histórico familiar. Além deles, existem alguns fatores de risco que podem ser evitados, auxiliando na prevenção. São eles:

  • Tabagismo;
  • Terapia de reposição hormonal;
  • Obesidade;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Sedentarismo;
  • Exposição frequente a radiações ionizantes;
  • Alimentação inadequada.

Vale lembrar que a presença desses fatores não significa que a paciente necessariamente terá câncer ao longo da vida, mas que ela tem riscos aumentados para apresentar a doença. Por isso, é sempre recomendado fazer o autoexame e adotar um estilo de vida equilibrado, dentro do possível.

Câncer de mama e hereditariedade

Estima-se que 10% das mulheres diagnosticadas com câncer de mama apresentem uma mutação genética herdada que aumenta o risco para a doença. A principal síndrome hereditária para câncer de mama e ovário é causada por alterações nos genes BRCA1 e BRCA2, e a identificação dessas mutações é essencial para reduzir as chances de a pessoa desenvolver a doença.

Levando em consideração especificamente os tumores malignos mamários, estima-se que as mutações no BRCA1 e BRCA2 estejam associadas a um risco entre 40-60% e 60-80% para desenvolver câncer de mama, respectivamente. No caso das neoplasias de ovário, o risco é de até 40%, evidenciando ainda mais a importância de identificar a existência de mutação nesses genes e a adoção de medidas preventivas.

Mulheres com histórico familiar significativo de câncer, portanto, devem procurar a orientação de um especialista em Oncogenética. Caso este profissional considere que a paciente preenche os critérios clínicos para uma síndrome hereditária, ele deverá solicitar um teste genético com mapeamento dos genes que estão associados à predisposição hereditária a tumores malignos de mama.

O teste genético é um exame que tem o objetivo justamente de identificar mutações que aumentam as chances de a paciente desenvolver câncer, sendo geralmente indicada para pessoas que:

  • Apresentam histórico de 2 ou mais tumores primários;
  • Foram diagnosticadas com câncer de mama bilateral;
  • Possuem forte histórico familiar para a doença;
  • Foram diagnosticadas com tumores de mama masculinos;
  • Receberam diagnóstico de câncer de mama antes dos 45 anos;
  • Foram diagnosticados com câncer de mama triplo negativo.

Oncogenética e medidas preventivas

A Oncogenética é uma área da Oncologia que estuda como a herança genética pode favorecer o desenvolvimento de tumores malignos. Como foi explicado, mulheres que apresentam histórico familiar que sugere a existência de herança genética que predisponha ao câncer de mama, ovário ou outras neoplasias associadas à hereditariedade, devem procurar um especialista da área para uma avaliação mais aprofundada.

Após avaliação do histórico familiar e realização do teste genético, caso seja identificada a existência de uma mutação que favoreça o desenvolvimento de neoplasias, é possível iniciar um processo de aconselhamento e adoção de medidas redutoras de risco. A partir da identificação da mutação, o médico oncogeneticista pode traçar estratégias de vigilância, prevenção e até mesmo realização de procedimentos profiláticos.

A existência de uma mutação genética favorável ao câncer faz necessário o aconselhamento genético dos familiares, além do paciente em si. Esta é uma metodologia que consiste no manejo dos riscos existentes, investindo principalmente na prevenção e detecção precoce do câncer de mama. A melhor estratégia a ser adotada leva em consideração as características individuais do paciente, tais como histórico de saúde, social e reprodutivo.

A Oncogenética é uma excelente aliada da prevenção e detecção precoce do câncer de mama e outros tumores hereditários. Se você deseja saber mais sobre o assunto e entender como a especialidade pode ajudar você e sua família a alcançar mais saúde qualidade de vida, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Elizabeth Santana.

Fontes:

Instituto Nacional de Câncer — Inca;

Instituto Oncoguia;

A.C. Camargo Cancer Center.