Entenda como a hereditariedade aumenta a incidência dos diagnósticos de câncer e saiba como prevenir-se da doença
Ao verificar a ocorrência de casos na família, muitas pessoas assustam-se com a possibilidade de o câncer passar de pai para filho. Porém, a porcentagem de tumores hereditários é pequena, correspondendo a aproximadamente 5% doa casos de câncer diagnosticados.
É importante compreender como surge um câncer, qual sua relação com a transmissão entre familiares e fazer o acompanhamento com um especialista para se manter saudável.
Índice
O que é um câncer hereditário?
“O gene é um segmento de uma molécula de DNA, responsável pelas características herdadas geneticamente”, conforme explicação do Instituto Oncoguia. Na presença de mutações, as células podem perder o controle da divisão celular e se multiplicar de forma descontrolada. A consequência disto é o aparecimento de tumores malignos.
Quanto a informação que câncer passa de pai para filho é importante evidenciar que isso é falso. Ou seja, o câncer não passa de pai para filho, o que pode ser transmitido nessa relação familiar é a mutação do gene que aumenta o risco para a ocorrência de tumores.
Isso não significa necessariamente que o indivíduo vá desenvolver a doença. Outros fatores podem também aumentar o risco para o desenvolvimento do câncer tais como a alimentação, obesidade, tabaco, exposição solar.
Saber que possui um risco aumentando para o câncer deve servir para que esse indivíduo busque formas de prevenção. Ao verificar a presença da doença, principalmente em um lado da família, procure por um oncogeneticista para fazer testes genéticos e acompanhamento.
A Dra. Elizabeth Santana possui formação e experiência em grandes centros de oncologia e oncogenética no Brasil, França e nos Estados Unidos, sendo uma profissional capacitada para orientar sobre o protocolo mais adequado para seu quadro. Entre em contato e agende uma consulta.
Fatores que influenciam o câncer que passa de pai para filho
Receber um gene alterado aumenta o risco, mas não significa que o indivíduo desenvolverá um câncer, conforme já informado acima. É importante evidenciar que, na maioria das vezes, a ocorrência do câncer se relaciona com fatores externos como o meio ambiente, o sobrepeso e o tabagismo, por exemplo.
Ou seja, existem alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais sensíveis à ação dos agentes ambientais que causam o câncer, o que explica algumas delas desenvolverem câncer e outras não, quando expostas a uma mesma substância cancerígena.
Quando o câncer ocorre decorrente de uma mutação herdada, denomina-se câncer hereditário (câncer passa de pai para filho).
Histórico familiar x Prevenção
Para o especialista, é importante entender o histórico familiar para verificar a incidência do câncer passar de pai para filho e determinar se o paciente pode se beneficiar do aconselhamento genético – acompanhamento especializado que identifica os riscos de um câncer hereditário.
Ou se o indivíduo precisa de um acompanhamento mais intenso do que os pacientes com câncer não hereditário, mesmo que você não precise fazer testes genéticos.
O câncer que passa de pai para filho é diagnosticado por meio de testes genéticos, que consistem no estudo dos genes, cromossomos ou proteínas. Esses testes podem:
- Prever o risco de contrair a doença;
- Identificar portadores de um gene da enfermidade, mesmo que não tenha desenvolvido a doença;
- Diagnosticar uma doença e sua possível causa.
Para o especialista, é primordial fazer um levantamento sobre o histórico de câncer em parentes de primeiro grau (pais, irmãos e filhos) e de segundo grau (avós, tios, netos, sobrinhos).
E para cada incidência, coletar as seguintes informações que influenciam diretamente na decisão/indicação para realização do teste genético ou se iniciar a investigação, sendo elas: tipo de câncer, idade do diagnóstico, linhagem (paterna ou materna), etnia, resultados anteriores de testes genéticos, entre outros.
Procure por um especialista em oncogenética para verificar a probabilidade de o câncer passar de pai para filho para um diagnóstico precoce que influencia nas chances de cura.
Fonte:
INCA – Instituto Nacional de Câncer;
Revista Abrale On-line – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia;