Rastreamento com exames de imagem possibilitam um melhor prognóstico para a doença, o tratamento mais efetivo e com menor morbidade associada
As estratégias para a detecção do câncer de mama em seu estágio inicial são o diagnóstico precoce e o rastreamento, que consiste na aplicação de exame numa população sem sintomas, com o objetivo de identificar alterações sugestivas de câncer para, então iniciar uma investigação pormenorizada.
O câncer de mama é a segunda neoplasia mais comum nas mulheres, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma e, com expectativas de aumentos dos casos para 2020, conforme estudos do INCA (Instituto Nacional de Câncer).
A detecção tardia do câncer de mama está relacionada a uma alta mortalidade e por isso incentiva-se o exame de mamografia como o mais eficaz no diagnóstico precoce, configurando-se como a única modalidade de triagem que provou reduzir a mortalidade da doença em 25 a 30%.
O desenvolvimento da doença relaciona-se a fatores como idade, história reprodutiva/ aspectos endócrinos, características comportamentais, ambientais, genéticas e hereditárias.
Se descoberta em seu estágio inicial, ou seja, antes do aparecimento do nódulo, as chances de cura ultrapassam 90%, uma vez que possibilita um tratamento mais eficiente.
O autoexame das mamas deve ser também incentivado como complementar à realização da mamografia no rastreamento do câncer de mama. Ambos são complementares como formas de rastreamento da doença.
A atenção das mulheres no conhecimento do seu corpo e no reconhecimento de alterações suspeitas para procura de um serviço de saúde o mais cedo possível – estratégia de conscientização – permanece sendo importante para o diagnóstico do câncer de mama.
As mamografias regulares podem diagnosticar o câncer de mama em estágio inicial, quando as chances de cura são maiores. Uma mamografia pode encontrar alterações nas mamas que podem ser câncer anos antes do desenvolvimento dos sintomas físicos.
Ao diagnosticar o câncer de mama precocemente, as pacientes ficam menos propensas a precisar de um tratamento agressivo, como a cirurgia para retirada da mama, a mastectomia, além de terem mais chances de cura para a doença.
As mulheres devem iniciar o rastreamento com uma mamografia anual a partir dos 40 anos, e este exame deve ser realizado nas próximas décadas de vida, enquanto a paciente apresentar um bom estado geral de saúde.
Para fins de rastreamento de câncer de mama, considera-se risco médio da patologia, as pacientes sem histórico familiar da doença ou mutação genética (conhecida como BRCA), que não tenha feito radioterapia prévia na região torácica antes dos 30 anos.
A ressonância magnética, ultrassonografia e a mamografia anual são recomendadas para as pacientes com alto risco em desenvolver a doença, isso inclui mulheres que:
Recomenda-se para mulheres com alto risco que iniciem o rastreamento com exames de imagens anuais a partir dos 30 anos.
A imagem tornou-se essencial não só para o rastreamento do câncer de mama, mas em todas as etapas da abordagem da neoplasia mamária, incluindo a avaliação da resposta e a vigilância pós-tratamento.
Progressos tecnológicos recentes e contínuos dos diferentes métodos oferecem novas oportunidades para melhorar ainda mais o atendimento clínico.
A ultrassonografia e a ressonância magnética são capazes de detectar pequenas lesões de mama assintomáticas, muitas vezes ocultas na mamografia e no autoexame.
Contudo, por não haver estudos que mostrem que esses métodos se associam com a redução da mortalidade pelo câncer de mama na população geral, tais exames estão especialmente indicados nos grupos de mulheres consideradas de alto risco.
Caso uma alteração seja identificada em qualquer um destes exames de rastreamento de câncer de mama, busque por uma avaliação de um especialista para prosseguir com a investigação diagnóstica.
Fonte:
Instituto Nacional de Câncer
Instituto Oncoguia
Sociedade Brasileira de Mastologia
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