O mapeamento genético é um exame que detecta mutações que aumentam as chances de um paciente desenvolver câncer no futuro, mas sua indicação depende da avaliação de um oncogeneticista
Uma dúvida comum entre pacientes em avaliação médica é sobre qual exame detecta câncer, seja precoce ou preventivamente, sendo importante informar-se de que diferentes neoplasias vão demandar diferentes métodos investigativos.
Além dos exames específicos para detectar câncer, especialmente os de imagem, que serão apresentados a seguir, atualmente os pacientes podem contar com avanços científicos que viabilizaram o mapeamento genético, que pode verificar a predisposição de um indivíduo desenvolver diferentes tipos de cânceres. Saiba mais a seguir.
Índice
Quais os fatores responsáveis pelo surgimento do câncer?
Muitos pacientes questionam-se quanto aos motivos que levam ao surgimento do câncer. É importante destacar que, por ser resultante de uma mutação no DNA das células, o câncer pode ser considerado uma doença genética.
Apesar disso, as predisposições hereditárias são responsáveis por cerca de 10 e 15% dos casos de câncer. Entre as mutações genéticas hereditárias que favorecem (mas não determinam) o desenvolvimento do câncer, incluem-se a síndrome do câncer de mama e ovário hereditários, síndrome de Li-Fraumeni, síndrome de Lynch, entre outras.
No entanto, além dessas condições, o câncer também pode ser causado por outros fatores. Por exemplo, um paciente com exposição solar intensa ao longo da vida, sem proteção, tem maior predisposição ao câncer de pele de uma pessoa que não tem esse histórico.
Qual exame identifica câncer?
Em relação à dúvida sobre qual exame detecta câncer é importante destacar que existem diferentes exames de sangue e imagem usados para um diagnóstico, como:
- AFP: exame de sangue que detecta a alfafetoproteína, cujos níveis de dosagem podem indicar tumores no estômago, intestino, ovários ou presença de metástases no fígado;
- PSA: exame de sangue que mede o antígeno prostático, que pode ter a concentração elevada em pacientes com câncer de próstata;
- Mamografia: exame preventivo do câncer de mama, que auxilia na identificação de tumores e calcificações na mama, levando a investigações mais detalhadas do caso;
- Ressonância magnética: exame de imagem usado em diferentes investigações oncológicas, como para detectar o câncer pâncreas, podendo ser associado com outras condutas como ultrassonografia, tomografia ou laparoscopia.
Portanto, saber qual exame detecta câncer depende também da verificação de qual é a suspeita oncológica existente.
E qual exame detecta câncer preventivamente?
Os exames de acompanhamento oncológico, como mamografia para diagnóstico precoce do câncer de mama e exame de toque retal, para diagnóstico precoce para câncer de próstata, são considerados preventivos, pois ajudam a monitorar a presença da patologia precocemente.
Além dessas condutas, os avanços médicos também viabilizaram a adoção de métodos mais modernos para estimar os riscos de uma pessoa desenvolver câncer, como é o caso do mapeamento genético.
O mapeamento genético consiste em um exame simples, realizado a partir da amostra de sangue ou saliva com material genético do paciente, para realizar o sequenciamento do DNA e identificar mutações genéticas que podem predispor o paciente a desenvolver câncer futuramente.
A partir do sequenciamento do genoma, o exame identifica a existência de síndromes que favorecem determinados tipos de patologias oncológicas, como a síndrome de Li-Fraumeni, a síndrome de Lynch, de Cowden, de Peutz-Jegher, entre outros.
Esse tipo de exame para detectar câncer é indicado após uma consulta com o oncogeneticista, que avaliará o quadro do paciente de acordo com seu histórico médico pessoal e familiar. Caso haja uma hipótese de mutação genética, o mapeamento pode ser solicitado.
Com o mapeamento genético, é possível verificar as chances de um indivíduo desenvolver câncer futuramente, adotando cuidados preventivos com antecedência, além de tornar a atenção médica mais individualizada às necessidades específicas do paciente.
A prevenção e a detecção precoce do câncer são essenciais para melhorar as chances de cura, independentemente do tipo de tumor desenvolvido, sendo importante considerar os fatores de risco — como predisposição genética e idade — para um acompanhamento médico adequado.
Ainda que a hereditariedade tenha influência no desenvolvimento do câncer, a adoção de bons hábitos também é essencial para prevenir a doença. Por isso, invista em alimentação balanceada, exercícios físicos, controle do peso, exposição controlada ao sol e proteção contra substâncias prejudiciais à saúde.
Quer mais informações sobre o mapeamento genético e os benefícios dele para a prevenção do câncer? Entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Elizabeth Santana.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica;
Dra. Elizabeth Santana.