Os tumores (que podem ser de caráter benigno ou maligno) originam-se quando as células do organismo apresentam um crescimento descoordenado ou anormal. Os diferentes tipos de câncer são tumores malignos, que se caracterizam principalmente por apresentar crescimento rápido e invasivo.
Existem mais de 200 tipos de câncer, sendo que cada um deles se manifesta por meio de sinais e sintomas diferentes. Estes tumores podem ser mais ou menos agressivos. Isso significa, portanto, que o câncer é uma mesma doença que pode se desenvolver em diferentes órgãos. Este termo se refere à diversas enfermidades que são classificadas de acordo com a célula, tecido ou órgão afetado.
Índice
Principais tipos de câncer e classificações
Embora o câncer possa se desenvolver em qualquer parte do corpo, existem alguns órgãos que são afetados pela doença com maior frequência. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), os mais frequentes na população brasileira (excluindo os tumores de pele) são o de próstata, intestino e pulmão para o homem; mama, intestino e colo de útero para as mulheres.
Outra maneira de classificar os diferentes tipos de câncer é de acordo com o tipo de tecido acometido. Se os tumores tiveram início em tecidos epiteliais, tais como a pele ou mucosas, o câncer é definido como carcinoma. Por outro lado, se a doença começou em tecidos conjuntivos (como ossos, músculos ou cartilagens), o câncer é chamado de sarcoma.
A velocidade de multiplicação das células é mais uma característica que ajuda a classificar e diferenciar os tipos de câncer. Quando as células doentes adquirem a capacidade de invadir tecidos e órgãos à distância, caracteriza-se a metástase.
Câncer de ovário
Entre os tipos de câncer ginecológicos, o câncer de ovário é o que apresenta diagnóstico mais desafiador, além de ocupar a segunda posição entre os tipos mais comuns entre os tumores ginecológicos — ficando atrás apenas do câncer de colo do útero. Esta é uma doença silenciosa e que demora para apresentar sintomas, sendo geralmente diagnosticado em estágio avançado.
Estima-se que aproximadamente 15% dos cânceres de ovário possam estar associados à predisposição hereditária (estando relacionados a síndromes como a síndrome de lynch ou à síndrome de câncer de mama e ovário hereditários). Por isso, toda mulher com este diagnóstico deve ser avaliada por um especialista em Oncogenética.
Mulheres com câncer de ovário geralmente apresentam sintomas vagos e pouco específicos, o que faz com que a maioria dos tumores sejam diagnosticados em fase avançada da doença. Por isso, prevenir é essencial. Os principais sintomas associados a este câncer são:
- Aumento do volume e/ou desconforto ou dor abdominal;
- Náusea, diarreia ou prisão de ventre;
- Perda de peso inexplicável;
- Perda de apetite;
- Empachamento abdominal mesmo ao consumir alimentos leves;
- Alterações na menstruação e sangramentos fora do período menstrual.
Câncer de mama
Caracterizado pela multiplicação desordenada das células da mama, este câncer pode se originar dos ductos ou dos lóbulos mamários e pode se manifestar por meio do aparecimento de um nódulo na mama ou na axila. Outros sinais que demandam atenção são alterações na pele da região, vermelhidão, descamação, dor e até mesmo secreção no mamilo. Caso a mulher identifique qualquer uma dessas manifestações no autoexame, é recomendado consultar um médico.
Assim como a maioria dos tipos de câncer, o de mama não tem uma única causa definida. A idade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença, mas também podem ser apontados os fatores endócrinos e reprodutivos, os fatores comportamentais tais como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o sedentarismo, a exposição prévia à radiação, como outros aspectos que favorecem este tumor maligno.
A genética e hereditariedade também são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama, sendo geralmente recomendado o acompanhamento oncogenético para mulheres que apresentam:
- Pacientes com histórico de 2 ou mais tumores primários;
- Pacientes com diagnóstico de câncer em ambos órgãos pares (por exemplo, câncer de mama bilateral);
- Paciente com histórico familiar rico em diferentes neoplasias;
- Pacientes com câncer de mama triplo negativo antes dos 60 anos, independentemente do histórico familiar;
- Pacientes com câncer de mama em idade jovem (antes de 45 anos) independentemente do subtipo;
- Etnia judaica Ashkenazi;
- Câncer de mama em homens.
Câncer de cólon
O câncer de cólon e reto, também chamado de colorretal, afeta o intestino grosso e se destaca como o segundo mais frequente entre homens e mulheres no Brasil (o primeiro lugar é ocupado pelo câncer de pele não-melanoma). Este é um dos tipos de câncer que pode ser prevenido com a adoção de uma dieta adequada e equilibrada.
Outros fatores de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal são o sedentarismo, presença de doenças inflamatórias intestinais e histórico familiar para tumores gastrointestinais. O rastreamento geralmente é indicado para todas as pessoas com mais de 50 anos, embora indivíduos com casos na família possam começar o acompanhamento antes disso.
Os principais sintomas manifestados por este tipo de câncer são:
- Dores abdominais;
- Mudanças no apetite;
- Dor ou desconforto ao evacuar;
- Diarreia ou prisão de ventre constantes;
- Perda de peso;
- Sangue nas fezes.
Câncer e hereditariedade
Como foi visto acima, a herança genética é um fator determinante para o desenvolvimento de alguns dos principais tipos de câncer. Nesse sentido, pacientes que possuem casos da doença na família devem procurar um oncogeneticista para avaliar se o seu histórico familiar pode ser considerado um fator de risco para o desenvolvimento de tumores malignos.
Caso o especialista identifique a necessidade, são propostos exames como o mapeamento genético — que permite identificar mutações na estrutura do DNA do paciente e predizer os riscos deste indivíduo desenvolver doenças a partir de características herdadas. Desse modo, é possível adotar medidas preventivas personalizadas para promover qualidade de vida a garantir o diagnóstico precoce de neoplasias.
Se você ainda tem dúvidas a respeito da importância da hereditariedade e sua influência no desenvolvimento de variados tipos de câncer, entre em contato e agende uma consulta com a Dra. Elisabeth Santana.